Ligações em vídeo, compras online, transações financeiras, acompanhamento do consumo diário de água ou batimentos cardíacos, incontáveis desbloqueios de tela. Vivemos conectados. E isso já está tão inserido na rotina da população que muitas vezes passa despercebido. Com a pandemia e a necessidade de isolamento, o uso da tecnologia foi indispensável. O que antes já era resolvido pelo celular foi intensificado com as medidas protetivas de contenção a COVID-19 e as empresas tiveram que se adaptar. “Há pouco tempo houve uma queda no instagram e no whatsapp e as pessoas se viram perdidas sem os aplicativos em funcionamento. Completamente reféns”, lembra o diretor da empresa de tecnologia Mouts, Rogério Moutinho.
E toda essa dependência provocou um “boom” na procura por profissionais da área de tecnologia, aquecendo o mercado e gerando uma expressiva oferta de novos postos de trabalho. Para se ter ideia da proporção, um levantamento feito pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), revelou que nos 4 primeiros meses de 2021 foram abertas 69 mil vagas, 10 mil a mais do que em todo o ano passado. E a previsão apresentada em um estudo publicado no ano passado pela consultoria McKinsey aponta uma carência de 1 milhão de profissionais de tecnologia no Brasil até 2030. “Na Mouts, para suprir a demanda, dobramos o número de profissionais, passando de 230 para 400 contratados somente este ano, espalhados por 18 estados brasileiros. E ainda temos cerca de 90 vagas em aberto”, conta Moutinho.
Retorno das atividades requer auxílio tecnológico para atender demanda
A pandemia aqueceu o mercado tecnológico com a necessidade de oferecer e resolver produtos e serviços de forma online. Entretanto, o retorno de diversas atividades com a vacinação acelerada, fez com que as empresas buscassem automatizar processos e agilizar o caminho entre o atendimento e a entrega. E aí entra mais uma vez o setor de tecnologia em ação.
“A tecnologia nos processos vem somar na atividade humana. O objetivo é otimizar processos e direcionar o foco do profissional para outras vertentes que realmente importam e agregam valor à empresa, Enquanto o profissional aponta melhorias e estuda a oferta de novos serviços e produtos, a tecnologia trabalha no aumento da produtividade otimizando processos, trazendo agilidade e precisão na execução e reduzindo as chances de erro”, afirma Moutinho.
Home Office é grande aliado do setor
Na contramão da taxa de desemprego no País, que gira em torno de 14%, o setor de tecnologia segue aquecido. E a conectividade é tão representada na área, que uma das vantagens das empresas é poder contratar mão-de-obra de qualquer canto do país. “Poder trabalhar em home office, ser líder de suas próprias decisões, possibilitar entregas assertivas e gerenciar prazos de forma responsável é uma grande motivação para o profissional da área. Para se ter uma ideia da globalização profissional, em cinco anos de empresa, foram 800 projetos concluídos e implementados em mais de 20 países e quase 2 milhões de pessoas impactadas”, ressalta Moutinho.