Relações interpessoais, lideranças e o ambiente corporativo!

Vamos começar este texto partindo do pressuposto que precisamos conhecer antes de qualquer explanação sobre o tema a sua definição, portanto:

Relações Interpessoais são relações entre uma ou mais pessoas que tem como base um ou mais elementos (ideias, objetivos, motivadores etc.) em comum.

A observação, comunicação, postura, posicionamento e diversos outros elementos são ‘nuances’ ou ‘insumos’ que atuam como ferramentas diretas/indiretas de socialização.

O homem é, em sua essência, um ser relacional — Sigmund Freud.

Considerando que o ser humano tem como essência a necessidade de estabelecer vínculos e estar em coletivo, podemos definir como ‘necessidade’ conhecer este conceito.

Não é de se admirar que o estímulo da relação ocorre seja por necessidade natural quanto por demanda artificial.

Nem mesmo o caos da guerra evita o estímulo das relações interpessoais.

Historicamente nas guerras e em batalhas, por tratarem de uma causa em comum mesmo que em condições extremas, soldados sentiam-se seguros, empoderados e acalentados quando estavam certos de que estavam se relacionando com soldados — em campo — que carregavam a mesma bandeira.

De forma artificial, não somente encontrado em contextos como o do exemplo acima, mas também em situações cotidianas, temos os estímulos de competitividade implantada pelos envolvidos de maior interesse para que exista uma causa comum. Esta é uma prática também existente em contextos políticos.

Relações interpessoais são conhecidamente utilizadas como elemento de manobra.

Alinhar liderança de times com práticas de relações saudáveis é, de fato, algo frequentemente nulo ou falho em sua parte majoritária. Alguns dos problemas de liderança mais reconhecidos no mercado e que estão diretamente relacionados à falta ou deficiência de relações interpessoais saudáveis são, sabidamente:

Falta de feedback e conversas objetivas e pontuais com membros do time.

Falta ou baixa quantidade de tempo dedicado ao time como forma de liderança servidora, disponível para ouvir e ajudar a remover impeditivos.

Não delegação de tarefas aos membros do time. Frequentemente ocasionado pela falta de confiança no time que, por sua vez, ocorre devido a falta de diálogo (lê-se: relações interpessoais).

Ser demasiado amigável. Apesar de parecer controverso, ser amigável em excesso é, principalmente em grupos de comando, uma ação que deixa explícita a inabilidade de relacionar-se com o time fadando ao exagero do comportamento como forma de compensação pela falta de tato, gerando deturpação do objetivo real do grupo.

Os problemas ocasionados pela falta de comunicação devem ser resolvidos pelo mesmo viés: o das relações interpessoais.

A essência humana em ser sociável traz consigo outra ambição constante do ser humano: a busca pela felicidade.

Nada mais justo que ambos os fatores estejam diretamente relacionados e assim como problemas de afeto e liderança ocorrem em grande maioria por problemas nas relações, o contrário também ocorre, ou seja, a felicidade verdadeira encontra-se nas relações saudáveis.

Relações saudáveis geram não somente a satisfação pela socialização, mas também pela socialização de densidade alta, positiva e que agrega.

Isso tudo fica explícito quando observamos que relações interpessoais que geram felicidade para os envolvidos trazem consigo comportamentos assertivos, otimistas, empáticos, etc.

Relações interpessoais maduras e construídas de forma consistente são capazes de tornar a intimidade e o acesso à mesma um ato não invasivo, tamanho conforto gerado pelos envolvidos, provando por si que relações positivas estão diretamente ligadas à felicidade do ser e, vale lembrar, a felicidade sem espectadores não faz sentido, portando a existência da relação pluralizada colabora também neste aspecto, de satisfação pela promoção da observação e exibição da felicidade individual e coletiva.

Felicidade sem espectadores não faz sentido no âmbito social.

Observado os problemas no contexto profissional, principalmente no que tange à liderança deficiente e visto também a relação interpessoal saudável como ferramenta de solução, não fica difícil compreendermos a importância e impacto positivo de práticas de relações saudáveis no ecossistema profissional.

Pois bem, aprendi com estas lições e conceitos que descrevi acima, algumas linhas resumidas:

Empresas são resultados de pessoas.

Pessoas geram resultados quando vislumbram motivo.

Grupos são coletivos de pessoas com objetivos em comum, logo, empresas são coletivos de pessoas engajadas.

Tome nota: Engajamento é fundamental e ocorre por conta do fluído da socialização.

É sabido que funcionários que trabalham em times harmônicos trabalham em melhor sintonia e entregam resultados melhores, por outro lado, quando as pessoas não estão felizes no ecossistema em que atuam, sua capacidade produtiva reduz drasticamente fazendo com a empresa deixe de obter lucro. Sim lucro!

Este é apenas um simples exemplo de uma cadeia de consequências que ocorrem via lastro das relações interpessoais. Vamos lá, a importância de promover no ambiente de trabalho relações positivas é tão importante quanto a manutenção para que elas durem e algumas formas de manutenção de relações interpessoais positivas no contexto profissional são:

Manter a empatia. Sem empatia é praticamente impossível estabelecer uma relação saudável tanto na vida pessoal quanto profissional, portanto vestir a camisa alheia é uma prática que deve ser incentivada para todos e por todos, ouvir mais antes de concluir vereditos é uma ferramenta essencial.

Manter o respeito. Complemento do item acima, respeitar mesmo diante de divergências é uma prática nobre e essencial. Vale lembrar que a divergência pode ser apenas uma má interpretação de nossa parte.

Ser cooperativo. Coopere, ajude, colabore para que as coisas fluam. Nem sempre o cenário é de mar azul e cooperar é juntar os dois itens acima em um compilado de práticas que geram engajamento e garantem relações interpessoais positivas.

Depois de avaliar isso tudo, fica claro: relações interpessoais tanto no contexto profissional quanto pessoal é uma faca de dois gumes. Digo isso pois a mesma que garante a sobrevivência orgânica de um grupo é a mesma que — quando má administrada — sufoca-o.

No geral, aprofundar-se neste tema é essencial e digno de matéria obrigatória na grade escolar.

Trata-se de nossa natureza tanto quanto a escrita, fala e a matemática.

Relacione-se com saúde. 

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